sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Nossa Senhora das Graças


  


Um dos mais valiosos presentes da Santíssima Virgem para a humanidade foi dado no dia 27 de novembro de 1830, por meio de Santa Catarina Labouré, humilde freira da Congregação das Filhas da Caridade. Isso foi na Rua de Lubac, no centro de Paris, na Capela da Medalha Milagrosa. Nesse dia, Nossa Senhora apareceu-lhe mostrando nos dedos anéis incrustados de belíssimas pedras preciosas, "lançando raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro". Eram as copiosas graças que ela trazia a seus filhos na Terra, simbolizados dessa forma. E ela reclamou a Santa Catarina que trazia muitas graças, mas que as pessoas não vinham buscá-las. Em seguida, formou-se em torno da Virgem uma moldura ovalada, no alto da qual estavam escritas, em letras de ouro, a bela jaculatória: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós". Sem dúvida, essa jaculatória trazia do Céu foi fundamental para que, 24 anos depois, em 1854, o Papa Pio IX proclamasse o dogma da "Imaculada Conceição de Maria", concebida sem pecado original; o que ela mesma confirmou à menina Bernadete, quatro anos depois, na gruta de Lourdes, ao dizer: "Eu sou a Imaculada Conceição".


                             

Nossa Senhora das Graças apareceu sobre um globo, a Terra, pisando a cabeça da serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o a Deus, em um gesto de súplica. E disse a Santa Catarina: "Esse globo representa o mundo inteiro e cada pessoa em particular". De repente, o globo desapareceu, e suas mãos se estenderam suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. E Santa Catarina ouviu uma voz que lhe dizia: "Fazei cunhar uma medalha conforme esse modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança". Em 1832, uma violenta epidemia de cólera assolou a cidade de Paris. Foram, então, cunhados os primeiros exemplares da medalha, logo distribuídos aos doentes. À vista das graças extraordinárias e numerosas obtidas por meio dessa medalha, o povo passou a chamá-la de "Medalha Milagrosa". Em pouco tempo, essa devoção difundiu-se pelo mundo inteiro e foi enriquecida com a composição de uma novena. Nossa Senhora foi a única criatura que nunca ofendeu a Deus. Por isso, o Anjo a chamou de "cheia de Graça"; assim, ela encanta o coração de Deus e Este lhe atende todas as súplicas como nas Bodas de Caná. Se nossos pecados dificultam a nossa comunhão com Deus e nos impedem de obter suas graças, isso não ocorre com Nossa Senhora. Então, como boa Mãe, ela põe como nossa magnífica intercessora. O que não pode diante de Jesus aquela que é sua Mãe? Por isso, São Bernardo (†1153), doutor da Igreja, chama-a de "Onipotência Suplicante"; ela pode com sua súplica alcançar de Deus todas as graças, especialmente a nossa salvação. Ela é a rainha das graças. São Luís de Montfort disse que "Deus reuniu todas as águas e deu o nome de mar; reuniu todas as graças e deu o nome de Maria". Que tudo, então, seja feito por Jesus, mas nada sem Maria. Esse foi o grande segredo das vitórias dos santos.


                              


Nossa Senhora das Graças, rogai por nós! 


Pax! 

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