
A Igreja ensina que Maria sempre foi Virgem: "Antes do parto, no parto e depois do parto", dizia S. Agostinho (354-430). O Papa Paulo IV, em 7/8/1555, confirmou essa verdade. O profeta Isaías já tinha anunciado: "Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho..." (Is 4,14). Era o sinal do Emanuel. Toda a tradição cristã e até mesmo os reformadores protestantes, como Lutero e João Calvino, professaram a virgindade de Maria. Em 1537, em seus Artigos da Doutrina Cristã, Lutero disse: "O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e nascer de Maria pura, santa e sempre virgem". Em 1542, João Calvino escreveu o mesmo em seu Catecismo da Igreja Genebra. Até mesmo o Alcorão de Maomé professa a virgindade de Maria. O Concílio Vaticano II afirmou: "Jesus, ao nascer, não lhe violou, mas sagrou a integridade virginal", repetindo o que já tinha sido afirmado no Concílio de Latrão, no ano de 649. No Credo está claro que "Cristo nasceu da Virgem Maria". São Leão Magno afirma que o Messias foi "concebido do Espírito Santo no útero da Virgem Mãe, a qual deu à luz do mesmo modo como concebeu, ou seja, ficando a salvo sua virgindade". O Beato João Paulo II em 24/05/1992, em Cápula (Itália) disse: "Maria deu à luz verdadeira e originalmente o seu Filho, conservando sempre a integridade da carne." Os Padres da Igreja observam que "a virgindade da Mãe é uma exigência derivada da natureza divina do Filho". Para a tradição cristã, o seio virginal de Maria, fecundado pelo Espírito Santo, tornou-se como o madeiro da cruz (Mc 15,39) ou as ligaduras do sepulcro (Jo 20,5-8). Da mesma forma que Jesus ressuscitado atravessara as paredes do sepulcro e do Cenáculo, "sem as rasgar", assim o fizera em relação à Virgem Maria ao nascer. São Cirilo de Alexandria disse que "assim como a luz atravessa a vidraça de um lado para outro sem quebrá-lo, o Verbo entrou e saiu no ventre de Maria sem rasgar as paredes". A valorização da virgindade de Maria não deprecia a vocação matrimonial querida por Deus. O Catecismo da Igreja ensina: "O aprofundamento de sua fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade perpétua e real de Maria, mesmo no parto do Filho feito homem. Com efeito, o nascimento de Cristo 'não lhe violou, mas sagrou a integridade virginal' da Sua Santa Mãe". A Liturgia da Igreja celebra Maria como a Aeiparthenos, "sempre virgem". "Maria é virgem porque sua virgindade é o sinal de sua fé", "sem mescla de dúvida e falsidade", e de sua doação sem reservas à vontade de Deus". "Maria é ao mesmo tempo "Virgem e Mãe por ser a figura e a mais perfeita realização da Igreja".
Pax!
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